sábado, 14 de maio de 2011

Eu vou passar para o papel tudo aquilo que eu conseguir.
Linhas e linhas vou escrever, mas ainda não sei quantas irei apagar.
Algo explode em mim, todos os dias.
A angústia parece só crescer.
Meus critérios são por demais rígidos, que eu não me aceito.
Quem dirá um outro alguém.
Os devaneios que se seguem me incomodam, e não se vão.
Se ao menos alguma idéia fizesse sentido...
Mas nada o faz.
Nada faz sentido.
Isso faz tudo tão complicado.
Os clichês que eu tanto repito já não significam nada.

Eu não carreguei comigo a caneta e perdi as mais belas palavras que brotaram dentro de mim, as mais sensatas. Nasceram em mim e morreram em mim.
A vida é algo líquido. Palpável, às vezes tão volátil.
Por mais que tentamos segurar uma parte sua em nossas mãos, ela sempre escorre, levando alguma coisa de cada um de nós com ela.

sábado, 30 de abril de 2011

Minhas palavras se repetem,
mas minha cabeça continua a ferver.
Tudo falhou ao meu tentar.
Tudo falha ao meu esforçar.
Distraia-me. Torne isso fácil.
Tire de tudo a carga que tudo fluirá.
Sem o nervosismo que há muito me acompanha.
Fácil, como tudo deve ser
Para de novo se complicar.

Saiédi

Montes de idéias desconexas, repetidas, são transmitidas de geração à geração.
Nos servem conhecimento sobre coisa alguma, que de nada nos serve.
A bagagem que me acompanha em muito me ajuda,
Mas me atrapalho ao precisar revirá-la.
Pilhas de velharias
Que se misturam e se confundem no meio de memórias.
Dentre tudo isso, o que veio de mim, já não sei.
Muitas peças foram pegadas emprestadas.
Vestiam outros, mas agora me servem.
Iguais às de estranhos.
São recicladas, copiadas,
Nunca inteiramente originais.
Hoje, eu visto uma idéia
Mas não sei analisá-la.
Idéia que não permanece intacta.
Sempre em metamorfose.
Uma confusão encantadora, talvez.
Pensar no princípio das coisas.
Princípios que se movem e se transferem por aí.
Não tem começo nem fim.
Os meios se justificam
E pairam sobre aquilo que nunca irão conhecer.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ah, as coincidências!
Esses acasos que me ligam à você.
Ondas que vem e que vão,
Me sobem só para me jogarem para baixo.
E me fazem acreditar
Nessas verdades escritas com mel
Doces ilusões, tão palpáveis.
Palatáveis.
É quase como se fosse meu.
Esse mar vai me levar.
Inundar meu sangue de fogo
Com detalhes combustíveis.
Amor minimalista
Brinca com o espaço para poupar nosso tempo.
É a brisa que sopra, gelada.
O frio que me faz querer abrigo,
Mas sempre arrepia.